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Análise Pessoal: mais do que “consertar”, é habitar a si mesmo

  • Foto do escritor: Jéssica Domingues
    Jéssica Domingues
  • 15 de abr.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 17 de nov.

A análise pessoal, diferente de muitas psicoterapias que prometem uma “cura” para os sintomas, propõe algo mais profundo: a subjetivação. Em outras palavras, trata-se da implicação psíquica do sujeito consigo mesmo.


“Nossa, Jéssica, que jeito difícil de explicar... fala português!” Certo, você tem razão — vou tentar explicar de outro jeito.


No evento do último dia 23/03, Fernando Urribarri trouxe um exemplo clínico de um menino que desenhou uma pessoa dentro de outra. A mãe interpretou como se ele estivesse representando uma gestação. Mas o menino respondeu: “É que eu vivo dentro de mim.”


Hoje em dia, é comum que os pacientes cheguem aos consultórios com o pedido: “me conserta, por favor”, como se fossem objetos remendáveis. E olha que, atualmente, quase ninguém conserta mais nada — joga fora e compra outro. Mas não vou me dispersar... Vamos voltar ao ponto principal: somos pessoas e habitamos a nós mesmos.


É evidente que nossos sintomas nos fazem sofrer. Se não fizessem, ninguém buscaria um consultório. Mas o que gera os nossos sintomas? O que eles dizem sobre nós?


Se nem mesmo sintomas orgânicos podem ser tratados sem uma investigação sobre suas causas e implicações, por que pensaríamos que com os sintomas psíquicos seria diferente?


A duração de um processo analítico não está relacionada à simples “eliminação” do sintoma, mas à implicação do sujeito na reflexão sobre seu próprio psiquismo. Em conhecer essa pessoa que existe dentro dele — e que, muitas vezes, é um ilustre desconhecido.


O processo analítico não é uma linha reta nem tem tempo certo para terminar. Mas ele pode ser o caminho para você se encontrar com quem te habita — e isso, talvez, seja mais transformador do que simplesmente se “consertar”.



Ilustração conceitual de uma mulher em perfil, com uma figura menor e introspectiva dentro dela, representando o processo analítico e a ideia de habitar a si mesma. Arte em tons terrosos e texto: "O processo analítico: mais do que 'consertar', é habitar a si mesmo".

Sobre a Autora:

Jéssica Domingues é psicanalista com percurso formativo pelo Instituto Sedes Sapientiae, em São Paulo. Atende adolescentes e adultos em consultório particular, com atendimento presencial em Higienópolis (São Paulo) e Cerâmica (São Caetano do Sul), além de atendimentos online. Participa de grupos de estudos voltados à psicanálise contemporânea. Interessa-se por temáticas como depressão, luto, repetição e as formas atuais de mal-estar. É autora do artigo “O conceito de limite em André Green como proposta anti-procustiana ao enquadre clássico”, apresentado na Jornada de Membros do Departamento Formação em Psicanálise do Instituto Sedes de 2022.


Se esse texto te deixou pensando, e quiser conversar sobre um possível início, você pode agendar uma sessão ou me escrever.

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