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Universo Psi – Qual a diferença entre Psicanálise, Psicologia e Psiquiatria? Entenda os três saberes

  • Foto do escritor: Jéssica Domingues
    Jéssica Domingues
  • 8 de abr.
  • 3 min de leitura

Atualizado: há 5 dias

Muitas pessoas se perguntam qual a diferença entre psicanálise, psicologia e psiquiatria. Embora esses campos dialoguem entre si e muitas vezes trabalhem em conjunto, é fundamental saber que cada um possui formações, metodologias, regulações e objetivos distintos.


O objetivo deste texto é oferecer um panorama introdutório e esclarecer as principais diferenças entre esses três campos.


Psicanálise


A psicanálise, campo no qual atuo, foi fundada por Sigmund Freud e tem como eixo central a escuta do inconsciente. A formação em psicanálise é construída a partir do chamado tripé freudiano: estudo teórico, análise pessoal e supervisão clínica. Ou seja, para se tornar psicanalista, é necessário vivenciar o método de forma teórica, clínica e subjetiva.

A supervisão é realizada com um psicanalista mais experiente, que acompanha e discute os casos em andamento. A formação não é universitária, nem regulamentada pelo Estado — como Freud defende em A questão da análise leiga (1927). Por isso, não há diploma estatal que autorize a prática da psicanálise, e sim uma autorização entre pares mediada pela ética e pelo percurso pessoal de formação.

Atualmente, no Brasil, há um esforço coletivo de diversas instituições no Movimento Articulação das Entidades Psicanalíticas Brasileiras para preservar a autonomia e o rigor ético da formação em psicanálise.


Psicologia


A psicologia tem como fundador Wilhelm Wundt, que criou o primeiro laboratório de Psicologia Experimental em 1879, marcando o nascimento da psicologia como ciência empírica. A formação do psicólogo é universitária, com duração de 5 anos, composta por aulas teóricas, práticas, estágios supervisionados e trabalho de conclusão.

Ao concluir a graduação, o profissional deve se registrar no CRP (Conselho Regional de Psicologia) para obter autorização legal para atuar. A psicologia é regulamentada por lei e supervisionada pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP).

Importante destacar que a psicologia não se resume à clínica: ela também atua em áreas como a psicologia social, hospitalar, jurídica, escolar, organizacional, do esporte, entre outras — tanto no setor público quanto no privado.


Psiquiatria


A psiquiatria é uma especialidade médica, fundada por Philippe Pinel. Para ser psiquiatra, é necessário formar-se em medicina, concluir residência médica ou especialização reconhecida, e obter o registro junto ao CRM (Conselho Regional de Medicina) e ao CFM (Conselho Federal de Medicina).

A psiquiatria tem como foco o diagnóstico e o tratamento de transtornos mentais, frequentemente a partir de uma abordagem medicamentosa, regulada por manuais como o DSM-5.

Contudo, muitos psiquiatras também se valem de escuta clínica sensível e integrativa — especialmente aqueles que dialogam com outras áreas, como a psicanálise. Alguns psiquiatras atuam na clínica, enquanto outros podem exercer funções jurídicas, hospitalares ou institucionais.



Agradecimentos


Este texto foi revisado e contou com contribuições valiosas de colegas:

  • Davi Ruivo, psicólogo e conselheiro do CRP-SP

  • Ana Lucia Takata Pontes Garcia, médica psiquiatra

Agradeço imensamente pela generosidade e colaboração na construção deste conteúdo.



Ilustração artística e etérea de três silhuetas humanas estilizadas, cada uma voltada para uma direção diferente, sobre um fundo suave e texturizado em tons claros. No centro da imagem está escrito: 'Qual a diferença entre Psicanálise, Psicologia e Psiquiatria?'

Sobre a Autora:

Jéssica Domingues é psicanalista com percurso formativo pelo Instituto Sedes Sapientiae, em São Paulo. Atende adolescentes e adultos em consultório particular, com atendimento presencial em Higienópolis (São Paulo) e Cerâmica (São Caetano do Sul), além de atendimentos online. Participa de grupos de estudos voltados à psicanálise contemporânea. Interessa-se por temáticas como depressão, luto, repetição e as formas atuais de mal-estar. É autora do artigo “O conceito de limite em André Green como proposta anti-procustiana ao enquadre clássico”, apresentado na Jornada de Membros do Departamento Formação em Psicanálise do Instituto Sedes de 2022.


Se esse texto te deixou pensando, e quiser conversar sobre um possível início, você pode agendar uma sessão ou me escrever.

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