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Para quem é a psicanálise? Quem se autoriza a escutar a si mesmo?

  • Foto do escritor: Jéssica Domingues
    Jéssica Domingues
  • 10 de abr.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 17 de nov.

A psicanálise não é um recurso apenas para momentos de crise. Também não se restringe a quem vive um sofrimento intenso ou tem um diagnóstico definido. Embora muitas pessoas procurem um analista diante de situações-limite — como lutos, tentativas de suicídio ou estados de grande angústia —, o processo analítico não se esgota aí.


É também para quem carrega perguntas que não se calam. Para quem vive repetições difíceis de nomear. Para quem, mesmo com uma vida aparentemente estável, sente que algo não se encaixa ou escapa à compreensão.


A psicanálise não é voltada apenas para quem está “quebrando”, embora — sejamos honestos —, quem hoje não se sente quebrado de alguma maneira? Frequentemente, quem chega ao consultório traz essa angústia: a sensação de estar quebrado para sempre, mesmo que a vida siga funcionando.


Ao contrário de métodos que visam suprimir os sintomas de forma rápida, a psicanálise sustenta um tempo de escuta — escuta do que esses sintomas, esses sinais, têm a dizer. Mais do que aliviar, ela aposta na construção de um percurso singular, no qual o sujeito possa encontrar, aos poucos, modos de se escutar — mesmo quando o que há não se deixa dizer com facilidade e encontrar quem realmente possa escutar é ainda mais difícil.


É um tempo para entrar em contato com o próprio modo de existir, com o que pulsa por trás das palavras, dos gestos, das escolhas — e, às vezes, dos silêncios.


Mas enfim... Para quem é a psicanálise?


Não há pré-requisitos para iniciar uma análise. Basta o desejo de se implicar num processo que, embora desafiador, pode abrir caminhos novos de compreensão e invenção de si.


Se há algo que inquieta, que retorna, que se repete — há espaço para isso na análise. E talvez a pergunta mais precisa não seja “para quem é?”, mas: quem se autoriza a entrar nessa experiência? Uma pergunta que, como tantas outras, não se responde de fora.


Continue lendo:


Ilustração inspirada em “A Noite Estrelada” de Van Gogh com duas figuras humanas em um cenário onírico, representando a escuta e a experiência subjetiva na psicanálise.
Quem se dispõe a escutar o que retorna em si? Às vezes, o que se repete carrega o que ainda não foi dito.

Sobre a Autora:

Jéssica Domingues é psicanalista com percurso formativo pelo Instituto Sedes Sapientiae, em São Paulo. Atende adolescentes e adultos em consultório particular, com atendimento presencial em Higienópolis (São Paulo) e Cerâmica (São Caetano do Sul), além de atendimentos online. Participa de grupos de estudos voltados à psicanálise contemporânea. Interessa-se por temáticas como depressão, luto, repetição e as formas atuais de mal-estar. É autora do artigo “O conceito de limite em André Green como proposta anti-procustiana ao enquadre clássico”, apresentado na Jornada de Membros do Departamento Formação em Psicanálise do Instituto Sedes de 2022.


Se esse texto te deixou pensando, e quiser conversar sobre um possível início, você pode agendar uma sessão ou me escrever.

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