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Psicopatologia da Vida Cotidiana: determinismo, acaso e superstição

  • Foto do escritor: Jéssica Domingues
    Jéssica Domingues
  • 1 de out.
  • 4 min de leitura

Sobre a série “Psicopatologia da vida cotidiana”


Psicopatologia da vida cotidiana: expressões do inconsciente em nossa rotina


Em 1901, Freud publicou o artigo que dá nome a esta série. Um texto extenso, por vezes mutilado nas traduções — algumas edições chegam a omitir dois terços do conteúdo original, como apontam notas da edição Standard.


O artigo foi escrito logo após a publicação de A Interpretação dos Sonhos (1900) e pode ser lido como seu desdobramento. Se no livro dos sonhos Freud introduz os mecanismos de condensação, deslocamento e figurabilidade, neste artigo ele mostra como essas operações também aparecem fora do contexto onírico — nos esquecimentos, lapsos e pequenos erros da vida desperta.


Fora do setting analítico, essas manifestações costumam ser tratadas como acontecimentos triviais. Mas, na análise, tornam-se matéria de escuta, abrindo caminhos para as mensagens cifradas que o sujeito comunica — mesmo sem saber.


Como o texto é longo e cada capítulo trata de uma formação diferente — desde o esquecimento de palavras estrangeiras até os atos falhos combinados, o determinismo inconsciente e a crítica à crença no acaso — esta série propõe uma leitura semanal comentada, em que cada post será dedicado a um desses aspectos.


Entre o esquecimento e o erro, entre o riso e o estranhamento, o inconsciente se insinua — e convida à reflexão.


Capítulo 12: Determinismo, Crença no acaso e superstição


Ilustração onírica para o blog da psicanalista Jéssica Domingues, referente ao texto "Psicopatologia da Vida Cotidiana: determinismo, acaso e superstição", mostrando símbolos psicanalíticos e supersticiosos entrelaçados em um tabuleiro cósmico.
Entre o acaso e o determinismo, seguimos lançando os dados de nossa própria história. O que parece sorte ou azar pode ser apenas o inconsciente em movimento.

Um último capítulo da Psicopatologia da Vida Cotidiana como recapitulação


No capítulo final de A Psicopatologia da Vida Cotidiana, Freud retorna a alguns pontos centrais que percorremos ao longo da obra. Aqui, a reflexão recai sobre o determinismo psíquico: aquilo que parecia acaso, deslize ou coincidência, é frequentemente tecido pelo inconsciente.


Ele também toca na superstição, mostrando como nossa tendência a buscar sinais e presságios revela menos um mundo mágico e mais o funcionamento da nossa própria vida psíquica. O acaso, quando examinado de perto, guarda em si a marca do recalcado.


A lógica dos atos falhos


Ao longo desta série vimos como os atos falhos, esquecimentos e lapsos não são simples acidentes, mas manifestações do inconsciente. Neste capítulo final, Freud nos convida a ver como até mesmo o que chamamos de “azar” ou “destino” pode estar impregnado de sentido.


O inconsciente se mostra em movimento. Ele se manifesta por entre erros, coincidências, escolhas aparentemente aleatórias — revelando sempre algo de nós mesmos.


Um fechamento que abre portas


Encerramos aqui nossa caminhada com Freud em A Psicopatologia da Vida Cotidiana. Mas este fim não é um ponto final — é antes um convite a prosseguir.


Nossa próxima série será dedicada a um dos textos mais fundamentais da psicanálise: A Interpretação dos Sonhos.


Se, nesta obra, Freud mostrou como o inconsciente aparece nas falhas do cotidiano, agora veremos como ele se expressa nas imagens oníricas que nos visitam à noite.


O que os sonhos têm a nos dizer?


Sonhar é viver, em outra cena, aquilo que muitas vezes não conseguimos formular em palavras. Os sonhos, como dizia Freud, são a via régia de acesso ao inconsciente.


👉 Se você acompanhou esta série, encontrará na próxima um novo percurso: mais profundo, mais instigante, e que toca no coração da experiência psicanalítica.


Referência:

  • Freud, S (1901). Psicopatologia da Vida Cotidiana, capitulo 12.

 

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Sobre a Autora:

Jéssica Domingues é psicanalista com percurso formativo pelo Instituto Sedes Sapientiae, em São Paulo. Atende adolescentes e adultos em consultório particular, com atendimento presencial em Higienópolis (São Paulo) e Cerâmica (São Caetano do Sul), além de atendimentos online. Participa de grupos de estudos voltados à psicanálise contemporânea. Interessa-se por temáticas como depressão, luto, repetição e as formas atuais de mal-estar. É autora do artigo “O conceito de limite em André Green como proposta anti-procustiana ao enquadre clássico”, apresentado na Jornada de Membros do Departamento Formação em Psicanálise do Instituto Sedes de 2022.  

Se esse texto te deixou pensando, e quiser conversar sobre um possível início, você pode agendar uma sessão ou me escrever.

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